Joana Afonseca

Regulação Emocional

Todos nós temos emoções que podem ser agradáveis como a alegria, o amor ou negativas como medo, raiva, vergonha, culpa e ciúmes.  Porém, nem todos conseguem reconhece-las, nomeá-las e, lidar com elas de forma efetiva. As emoções desempenham um importante papel nas nossas vidas, comunicando as nossas necessidades, as frustrações, o que nos entristece ou nos alegra. Identificar estas emoções é fundamental para que possamos realizar as mudanças necessárias em direção a quem ou ao que nos faz mais felizes. Deste modo, o problema não é sentir medo, ansiedade, raiva, mas sim reconhecer estas emoções, aceitá-las, usá-las quando possível e continuar a funcionar apesar delas (Leahy, Tirch & Napolitano, 2013).

A regulação emocional é definida como a habilidade de manter, aumentar ou diminuir um ou mais componentes da resposta emocional, incluindo os sentimentos, comportamentos e respostas fisiológicas que constituem as emoções (Gross, 2002). Refere-se ainda à capacidade de compreender e aceitar a sua experiência emocional de modo a utilizar estratégias saudáveis para utilizar as emoções quando necessário.

A desregulação emocional é a inabilidade de processar emoções, intensificando-as (temor, pânico) ou desativando-as (despersonalização, desrealização) de maneira intensa (Leahy, Tirch & Napolitano, 2013). Está associada a muitas perturbações psicológicas como depressão major, ansiedade, dependência química e perturbações da personalidade (Linehan, 2010).